Criado em 1896, o Parque Estadual Alberto Löfgren, mais conhecido como Horto Florestal, recebeu esse nome em homenagem ao seu primeiro diretor, o botânico sueco Alberto Löfgren, que trouxe para São Paulo diversas mudas e sementes.
Localizado em área urbana e ocupando uma superfície de 174 hectares, com 32 deles destinados ao uso público, o Horto Florestal é administrado pelo Instituto Florestal, o qual pratica pesquisas, auxilia no aumento da conscientização ecológica, proporciona atividades de lazer e cultura, com prioridade ao público estudantil.
Os cuidados exíguos que recebia levaram o Parque ao abandono e à degradação. Depois de ampla reforma, podou árvores, cortou gramas, limpou lagos e áreas de lazer, deixando-o em perfeitas condições de visitação e uso.
Porém, os frequentadores do Horto precisam fazer sua parte: jogar lixo no lixo (lixeiras estão estrategicamente espalhadas dentro do Parque), não alimentar os animais, não cortar flores, não pintar ou escrever nos muros e troncos de árvores. (Vale lembrar nobre atitude dos asiáticos: não arranque uma flor, porque você impedirá que outras pessoas vejam sua beleza e sintam seu perfume).
Musu Florestal ´Octávio Vecchi´
O trabalho do Serviço Florestal (hoje Instituto Florestal), na pessoa do diretor o Eng. Octávio Vecchi, observa o crescente desmatamento e desenvolvimento do Estado. Na década de 20 do século passado, surge então a preocupação de se criar uma coleção das espécies arbóreas nativas.
Desta intenção, em 1931, é inaugurado o Museu Florestal, que intensifica as atividades de pesquisa e cultura, apresentando uma coleção florestal em peças entalhadas e objetos, como mobiliário, assoalho, forro, entre outras artes relacionadas à madeira. Artífices e professores foram contratados para desenvolver o acervo do Museu. Eram exímios profissionais, conhecedores da madeira e dominavam as técnicas de trabalhá-la. O acervo é rico em detalhes, com entalhes perfeitos, são réplicas exatas das sementes e folhas das árvores, encaixes, cavilhas, marchetaria... É possível observar a riqueza de precisão e dedicação desses profissionais para com o objeto de trabalho.
Ao lado do Museu Florestal está o marco de passagem do Trópico de Capricórnio. O Museu passou por algumas reformas, a mais recente ocorreu entre 1998 e 1999, que resgatou a pintura original do hall de entrada, que representam 44 espécies de árvores nativas. Após reforma completa, o Museu reabriu para o público em junho de 2000.
O público poderá apreciar no acervo: mostruário de sementes, mostruário de madeiras de pranchas entalhadas com o fruto e folha da qual a madeira é originária, móveis e objetos confeccionados com madeiras nativas.
Infraestrutura e atrações:
O Horto Florestal oferece fraldário, pistas para cooper e para bikes, equipamentos de ginásticas, espaço para piquenique, parquinho, visitação ao Museu Florestal e ao Palácio, dois lagos, campo de futebol, bicas de água potável, além dos núcleos de educação ambiental e Estação Vida Melhor Idade.
A fauna e flora são fascinações à parte aos que visitam o Parque. Lá, encontram-se capivaras, gambás, tucanos, bem-te-vis, pica-paus, bugios, macacos-prego, serelepes, entre outros; além de espécies de mata nativa, espécies exóticas e outras em extinção, como o pinheiro-brasileiro, a peroba-rosa, o pau-marfim, o cedro-do-brejo e o jacarandá-da-bahia.
Juntamente com os Núcleos Pedra Grande, Engordador, Cabuçu e Águas Claras, o Horto Florestal forma a maior floresta urbana do mundo: o Parque Estadual da Cantareira abrange quatro municípios: São Paulo, Mairiporã, Caieiras e Guarulhos. E esses quatro Governos precisam trabalhar em perfeita sintonia para evitarem degradações, retiradas de qualquer espécie da fauna e da flora e, principalmente, invasões e loteamentos irregulares, os quais abrem verdadeiras crateras provocando desmatamento e degradação dessa - ainda - preservada Floresta.
Parque Estadual Alberto Löfgren (Horto Florestal)
Rua do Horto, 931
Todos os dias
das 06 às 18h
Tel: 2193-8282 / 3396-4498
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